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Notícia

Mulheres que remam demais

08/03/2012

 

 

 

 

 

Fonte JIE

08/03/2012 | 16h28

 

Ana: nos treinos da canoagem, o tratamento é o mesmo para meninos e meninas.

    

A força da natureza nas corredeiras e a força física necessária para domá-las fazem da canoagem um esporte predominantemente masculino. Na Seleção Brasileira de Canoagem são 15 homens e apenas duas mulheres: Poliana de Paula de 22 anos e Ana Vargas de 15. 

    

“Não há diferença de tratamento entre meninos e meninas, mas como não temos tanta força, o técnico exige mais técnica”, conta Ana. Só o barco que elas precisam carregar de um lado para o outro pesa em média 10 quilos.

 

Quando ambas decidiram começar a treinar foi um susto para a família e os amigos. “Minha mãe nem queria assistir meus treinos. Tinha medo”, relembra Ana que entrou num barco pela primeira vez aos nove anos.

    

Hoje, após o primeiro lugar do Campeonato Brasileiro em 2008 e conquistar muitas outras medalhas, a mãe e a irmã deixaram Primavera do Leste, Mato Grosso, em janeiro, para morar em Foz do Iguaçu com Ana. O pai deve chegar em dezembro. “Estou aqui porque preciso treinar para participar das Olimpíadas de Londres e também do Brasil”, diz.

     

   

Escolhas

     

Poliana conta que a vida de atleta é bem puxada. “Não temos vida social, vivemos em função dos treinos e campeonatos”. A prova é que Poliana deixou o namorado em Piraju, São Paulo, para vir treinar em Foz. “Estou aqui desde janeiro, encontrei com ele no feriado de Carnaval e agora, só vou vê-lo no próximo feriado”, afirma. Entretanto, ela não se arrepende da escolha e gosta ainda mais do namorado. “Ele é companheiro e me apoia, do contrário, nem estaríamos juntos”. Ela ficou em 14º lugar nas Olimpíadas de 2008, em Pequim, e neste final de semana, busca uma vaga para participar das Olimpíadas de Londres.

      

Poliana: apoio do namorado para se dedicar aos treinos.

    

Mesmo com agenda corrida de treinos e sendo a minoria, elas dão um toque de delicadeza à seleção. “Apesar da correria, sempre arrumamos um tempinho para cuidar das unhas e da pele”, destaca Ana.

      

Mais mulheres

       

Poliana e Ana acreditam que como nos outros esportes, em breve, haverá mais companheiras femininas no alojamento. “O esporte é um pouco perigoso, mas qual não é?”, pontua Poliana. 

        

A confiança delas está no projeto “Meninos do Lago”, mantido pelo Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), da Itaipu e Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa). Dos 100 jovens beneficiados pelo projeto, 30 são meninas. “Ainda são minoria, mas é melhor que nada”, completa Ana.

    

 

 

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