Braçadas. Correnteza brava. E muita habilidade. Só por aí você tem uma ideia o que enfrentaram os melhores canoístas brasileiros no último fim de semana em Foz do Iguaçu. Cerca de 100 atletas remaram e venceram os obstáculos do Canal Itaipu durante o Campeonato Brasileiro de Canoagem Slalom 2013.

 

A competição foi praticamente no quintal da casa da representante do Brasil na Canoagem Slalom nos Jogos Olímpicos Londres 2012, Ana Sátila. Há 1.600 quilômetros longe da sua terra natal (Ana é de Primavera do Leste – Mato Grosso) a atleta mora e treina na cidade paranaense juntamente com a Equipe Permanente de Canoagem Slalom. No Canal Itaipu  tem aprimorado as remadas e as manobras que a modalidade exige. Ana é dona de premiações importantes como o C1 e K1 Feminino Sênior da modalidade em eventos nacionais e internacionais. Além do bronze no Mundial Junior na Eslováquia. “Nós recebemos os equipamentos antes da competição, o que é muito importante”, revela a atleta.

 

Ana está acostumada com grandes competições e ficou impressionada com a recepção feita no Brasileiro em Foz. “No canal havia tendas para cada equipe. Ficou muito bem organizado. Eles conseguiam seguir o padrão dos horários e a torcida também estava muito bem organizada”, elogia.

 

Bons anfitriões - Ninguém duvida que a competição foi digna de altos investimentos. “A estrutura que tivemos neste Campeonato é, no mínimo, adequada para um Pan-Americano e uma Copa do Mundo de Canoagem Slalom”, pontuou o superintendente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), Argos Gonçalves.

 

O evento tinha capacidade pra receber 500 espectadores e os 250 profissionais envolvidos na organização. Custou em torno de R$500 mil. O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (BNDS) investiu R$ 460 mil. A Itaipu também contribuiu com R$ 40 mil.

 

 

Com incentivo, eles vão longe - Todo atleta sabe o quanto o apoio financeiro é importante pra disseminar uma modalidade. A Canoagem Slalom tem atraído importantes incentivadores. Em contrapartida os canoístas têm trazido muitos títulos.

 

Mais uma vez a Itaipu Binacional contribuiu. O BNDES, o Ministério dos Esportes, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, e a Operadora Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também confiaram na competição que superou todas as expectativas. “O banco procura em seus investimentos trabalhar o desenvolvimento e dar visibilidade as ações. Isso é um trabalho contínuo que não termina em 2016 (Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro), ele se estende por muito mais tempo”, afirma Gustavo Borges da Costa, assessor da presidência para assuntos esportivos do BNDES.

 

“Estou muito satisfeito, pois atingimos todos os nossos objetivos. Tivemos uma infraestrutura que vemos em poucos países. Estou muito feliz com o suporte de todos os apoiadores e fornecedores”, comemorou o presidente da CBCa, João Tomasini Schwertner.

 

A competição que o mundo viu - As descidas pelo Canal Itaipu tirou o fôlego dos espectadores, e também de quem estava vendo na telinha, milhões de telespectadores do Brasil e no mundo puderam acompanhar através do canal SportTV e pela transmissão ao vivo pela internet.

 

Um telão exibia as provas em tempo real, além dos painéis com as pontuações. “Não estamos acostumados com isso. Nossas provas aconteciam às beiras de rios”, relembra Argos.

A última prova das semifinais e as finais do Campeonato Brasileiro de Canoagem Slalom transmitidas ao vivo no último domingo, podem ser revistas nessa sexta-feira (25), a partir das 19h30, pela emissora.